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Anna Monteiro
Para este Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado em 29 de agosto, a ACT lança vídeo informando a sociedade sobre o custo do tabagismo, divulgado no nosso canal no Youtube e nas redes sociais. Produzido pela Fábrica de Ideias Brasileiras, o material mostra como o cigarro causa prejuízo de ponta a ponta – desde o cultivo das folhas, que usa uma quantidade grande de agrotóxicos, até o descarte, que causa um impacto ao meio ambiente. Isso sem falar nos males à saúde, que já são bastante conhecidos.
O tabaco causa mais de 50 doenças e cerca de 443 mortes por dia no Brasil, o que equivale a mais de 161 mil mortes anuais, ou 13% do total de mortes. Por causa de tratamentos médicos e internações geradas pelo tabagismo, o país gasta mais de R$ 50 bilhões anuais e, pela perda de produtividade no trabalho, são mais R$ 42 bilhões anuais, segundo estudo feito pelo Instituto Nacional de Câncer, Fundação Oswaldo Cruz e Instituto de Efectividad Clínica y Sanitária. O mesmo estudo verificou que o setor paga R$ 13 bilhões em tributos.
Em outras palavras, isso significa que a conta não fecha. Em 2019, a Advocacia Geral da União entrou com uma ação cobrando essa conta. É uma medida inédita de ressarcimento aos cofres públicos contra a Souza Cruz, a Philip Morris e suas controladoras.
Datafolha: População apoia medidas de controle do tabagismo
As medidas de controle do tabagismo têm todo o apoio da população brasileira, como mostrou a mais recente pesquisa Datafolha nacional encomendada pela ACT: 68% são a favor do aumento dos tributos de produtos de tabaco, entendendo que o cigarro mais caro incentiva o fumante a parar de fumar, e 60% acreditam que a medida pode evitar que jovens comecem a fumar. Entre os entrevistados, 71,5% concordam que as empresas fabricantes de cigarro devem ressarcir o SUS pelos custos causados com as doenças relacionadas ao tabagismo. Embora 72% já tenham ouvido falar em cigarros eletrônicos ou outros dispositivos, poucos são os que fazem uso diário: 0,22% apenas; 2,8% usam às vezes e 6% já usaram, mas não o fazem mais.
A pesquisa foi feita em julho, com 1.985 pessoas de 18 anos ou mais, sendo a maioria economicamente ativa. Entre os entrevistados, 82,44% declararam-se não fumantes e, entre os fumantes, percebe-se que a maior parte é homem, está na região sul do país, entre os menos escolarizados e pertencente às classes C, D e E.
Assim como na pesquisa anterior, sobre bebidas açucaradas, quanto maior o conhecimento e o nível de escolaridade, maior é a aprovação às medidas.
Sobre os cigarros eletrônicos, chamou a atenção que, da minoria que já experimentou esses dispositivos (9%), 39% pegaram emprestado de outra pessoa ou ganharam de presente e 31% compraram em tabacarias, embora a comercialização e a propaganda desses produtos sejam proibidas no Brasil, por resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a RDC 46/2009.
É interessante notar que 84% dos entrevistados acreditam que os dispositivos eletrônicos são uma invenção da indústria de tabaco para conquistar novos clientes e 78,3% acreditam que fazem com que as pessoas mudem de produto, mas continuem fumantes. Para 67,7% dos entrevistados, esses dispositivos não devem ser liberados, pois entendem que não precisamos ter novos produtos de tabaco no mercado. Já 21% também acham que não devem ser liberados, até que se prove seu impacto na saúde e na iniciação por jovens, enquanto apenas 11,5% acham que a comercialização deve ser liberada no país.
A ACT lançou uma campanha, em maio, mostrando que esses novos produtos de tabaco trazem velhos problemas. Compartilhe as peças nas redes sociais e marque a Anvisa nas postagens. Não deixe que sejam liberados!