add-search-to-menu
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u294706312/domains/typo.ag/public_html/act/wp-includes/functions.php on line 61218 de junho de 2022
Juliana
Hoje, 8 de junho, é celebrado o Dia Mundial dos Oceanos. Infelizmente, a vida marinha continua ameaçada pela poluição, especialmente os plásticos provenientes de produtos e embalagens descartados irregularmente. Entre os resíduos encontrados em praias e animais marinhos, dois tipos de produtos se destacam: as garrafas de refrigerantes e outras bebidas e as bitucas de cigarros.
O relatório anual do movimento Break-Free from Plastic, que avalia as marcas de resíduos de produtos recolhidos por uma equipe de voluntários, revelou que as duas principais marcas encontradas foram a Coca-Cola e a PepsiCo. Outra publicação, Talking Trash: The corporate playbook of false solutions to the plastic crisis, destacou que compromissos voluntários das empresas para reduzir a poluição plástica foram sistematicamente ignorados ou adiados pelas próprias companhias, causando pouco ou nenhum impacto.
Em sétimo lugar no ranking das dez maiores poluidoras do Break-Free From Plastic, por sua vez, está a Philip Morris, uma das maiores fabricantes de cigarros do mundo. Apesar do tabaco não ser comumente relacionado com a poluição plástica, os filtros presentes nas bitucas liberam microplásticos ao serem decompostos. Nada menos do que 4,5 trilhões de bitucas são descartadas mundialmente todos os anos e estudos já encontraram resíduos de cigarro em 30% das tartarugas e 70% das aves marinhas. Os custos para lidar com a poluição marinha e a gestão de resíduos relacionados ao tabaco somam 1.7 bilhão de reais anuais.
As empresas que fabricam produtos poluentes precisam ser responsabilizadas pela poluição plástica. Como mostrou o Talking Trash, compromissos voluntários não são suficientes. Precisamos urgentemente de políticas públicas para desestimular o consumo desses produtos nocivos, como o aumento da tributação de cigarros e bebidas açucaradas. Além de aumentar o preço final, que comprovadamente reduz o consumo, a tributação também permite que os recursos arrecadados sejam utilizados para mitigar os danos causados para o meio ambiente e a saúde. Esse modelo de tributação, que vincula a arrecadação a programas ou áreas específicas, já existe, e seria essencial aplicá-lo a esses produtos nocivos para as pessoas, os oceanos e o planeta como um todo.