Há algum tempo vi em outro blog (Café sem Fumaça) esta frase:”Um ex-fumante escapa da prisão e continua pensando como prisioneiro. Depois que o corpo escapa, a mente continua presa, olhando para trás, para a cela que o manteve encarcerado por tanto tempo. O não fumante livra-se e liberta-se fisica e mentalmente no momento em que para de fumar. Mesmo que o corpo ainda sofra um pouco por alguns dias, a mente já esta completamente livre”

A 2a parte da frase é meio confusa, pois não-fumante não fuma (ou será que não entendi?), mas a 1a parte é bem interessante pois muitas vezes observei que uma das coisas mais valorizadas quando se para de fumar é a liberdade de não precisar fumar a cada X de tempo, não precisar sair p/ comprar cigarro, ou seja, a superação da dependência. Mas esta deixa suas marcas e é comum o medo de passar a ser dependente de outra coisa, como do remédio que se está usando para ajudar na parada. Por isso é importante esta reflexão: se quero parar de fumar, quero me libertar também deste tipo de pensamento, PRECISO COMEÇAR A ME VER CAPAZ DE NÃO SER NOVAMENTE UM DEPENDENTE DAQUI POR DIANTE, para não perpetuar a dependência atual por medo da que pode substituí-la.

O próprio histórico de vida mostra ao ex-fumante que do tabaco é preciso ter distância, a dependência existiu e pode voltar a existir, mas minhas escolhas têm papel fundamental nisto. A resignação diante da dependência só a fortalece. Pensar sobre isto pode auxiliar na mudança interna que acompanha o processo de abandono definitivo do cigarro. Até a próxima!