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Juliana
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, data criada para aumentar a conscientização sobre os males causados pelo tabagismo, foi celebrado na semana passada, em 29 de agosto. Eventos, reportagens e lançamentos de estudos aconteceram ao longo da semana, com dois tópicos tendo bastante destaque: o uso de aditivos de aroma e sabor em produtos de tabaco e o fumo durante a gestação.
Os aditivos foram tema de um novo estudo lançado pela ACT, o Instituto Nacional de Câncer e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em 2012, a agência publicou uma resolução que proibiu o uso de qualquer aditivo que pudesse alterar o aroma e/ou o sabor de cigarros, porém ela até hoje não foi implementada porque a indústria do tabaco e seus aliados entraram com diversas ações judiciais. Agora, o estudo revelou que a indústria está se aproveitando dessa estagnação para continuar inserindo produtos com sabor no mercado brasileiro: foram nada menos que 1112 novos produtos registrados entre 2012 e 2023, especialmente cigarros e fumo para narguilé. Isso é extremamente preocupante, pois os sabores são utilizados para deixar os produtos mais palatáveis e promover a iniciação, especialmente entre os jovens. O tema, inclusive, foi destaque em uma matéria no Jornal Nacional.
Para falar sobre essa questão e outros desafios atuais do controle do tabaco, a ACT promoveu um evento na Biblioteca Parque, no Rio de Janeiro no dia 27, com um painel com especialistas, a realização de um quiz com distribuição de brindes e uma exposição de fotos e vídeos.
Painel com os especialistas Vera Luiza da Costa (CONICQ), Leonardo Pessôa (SOPTERJ), Aline Borges (IVISA/Rio), Mônica Andreis (ACT) e Mariana Pinho (ACT). A mediação ficou a cargo de Anna Monteiro.
Equipe da ACT no evento, em frente à exposição de fotos e vídeos
Participante do evento na Biblioteca Parque
Realização de quiz sobre os malefícios causados por cigarros eletrônicos
Tabagismo na gestação
O INCA também aproveitou o Dia Nacional de Combate ao Fumo para lançar mais um estudo, dessa vez relacionado com o tabagismo durante a gestação. Apesar dos males que o fumo causa para o bebê serem bastante conhecidos, incluindo a possibilidade de malformações, baixo peso ao nascer e descolamento de placenta, entre outros, o estudo descobriu que a quantidade de grávidas fumantes aumentou significativamente de 2013 para 2019 – de 70 mil para 120 mil. Em porcentagem, 4,7% das grávidas brasileiras fumavam em 2013, e o número saltou para 8,5% em 2019.
Os autores destacam que a interferência da indústria do tabaco é um dos principais desafios para o controle do tabaco e para a piora de índices como esse, incluindo a pressão pela liberação dos dispositivos eletrônicos para fumar e as ações que impedem a implementação da proibição de aditivos.
Ambos os estudos, portanto, mostram que o Brasil ainda precisa avançar em políticas do controle do tabaco, apesar dos progressos realizados nas últimas décadas. Efetivar a proibição de cigarros com sabor seria um passo muito importante para proteger os brasileiros do tabagismo e suas consequências.