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Juliana
Recentemente, fomos surpreendidos com um grande retrocesso: após quase 15 anos, o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual de São Paulo, recriou um fumódromo, deixando de ser um ambiente totalmente livre de tabaco. Isso é ainda mais surpreendente considerando que São Paulo foi o primeiro estado a adotar uma lei antifumo específica, ainda em 2009, que acabou inspirando outros governadores e, posteriormente, a lei nacional.
A decisão do governo de São Paulo vai na contramão da saúde e de exemplos internacionais como o das Olimpíadas de Inverno, realizadas no mês passado, na China. O evento incentivou que os ambientes fossem 100% livres de tabaco e contou com uma campanha elaborada em parceria com a Vital Strategies. Confira abaixo o vídeo:
Segundo o site da Vital, a organização trabalhou com agências de saúde chinesas para desenvolver o vídeo estrelado por Zhang Hong, atleta que conquistou a primeira medalha de ouro do país na patinação de velocidade no gelo nas Olimpíadas de Inverno.
Faz bastante tempo que o Brasil é considerado um exemplo nas políticas de controle do tabaco, mas infelizmente temos vários exemplos recentes de retrocessos e estagnações que prejudicam a posição do país. Além da recriação do fumódromo no Palácio dos Bandeirantes, uma reportagem de O Joio e o Trigo mostrou tentativas de interferência do setor fumageiro na Conicq, a Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, e a política de tributação de cigarros também está estagnada, pois há anos não são feitos reajustes. Em paralelo, a pressão da indústria do tabaco para liberar os cigarros eletrônicos e outros novos dispositivos para fumar continua.
O país conseguiu conquistas muito importantes nas últimas décadas, especialmente com relação à redução da prevalência de fumo, mas os desafios com relação às políticas públicas de controle do tabaco continuam. Precisamos continuar avançando, sem permitir mais retrocessos.