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Rosa Mattos
Uma pesquisa inédita que traz dados impressionantes sobre o impacto das bebidas açucaradas: doenças, mortes e custos aos cofres públicos. Quase 13 mil adultos morrem por ano no Brasil devido ao consumo excessivo de bebidas açucaradas – categoria de bebida que inclui refrigerantes, bebidas de fruta e chás ultraprocessados com adição de açúcar, como sucos de caixinha, por exemplo.
Por causa das bebidas açucaradas, quase 1,4 milhão de adultos têm diabetes tipo 2 no Brasil, o que representa 16% do total de pessoas com a doença. A cada ano, mais de 80 mil novos casos de diabetes tipo 2 são atribuíveis às bebidas açucaradas, e 5.179 mortes de pacientes com essa doença são devidas ao consumo de refrigerantes, bebidas de frutas e chás açucarados, por exemplo.
Outro dado inédito é o cálculo do custo que o consumo de bebidas açucaradas traz aos cofres públicos: o sistema de saúde brasileiro gasta quase R$3 bilhões, por ano, na atenção a pacientes com doenças provocadas pelo consumo de bebidas açucaradas. Deste total, quase R$ 140 milhões são usados na atenção a pessoas com obesidade e sobrepeso, e R$2,860 bilhões com pacientes das demais doenças associadas (diabetes tipo 2, doenças cardíacas, cerebrovasculares, doenças renais, asma, doenças osteomusculares e câncer).
Essas são algumas estimativas do estudo “O lado oculto das bebidas açucaradas: doenças, mortes e custos à saúde”, uma pesquisa internacional realizada ao longo de 2020 com o objetivo de estimar as cargas de doenças atribuíveis ao consumo de bebidas açucaradas em países da América Latina. Clique aqui para acessar o infográfico com os principais dados – ou clique aqui para acessar um relatório científico, em inglês, que descreve a metodologia e o modelo utilizado nas estimativas.
O estudo foi coordenado pelo Instituto de Efectividad Clinica y Sanitária (IECS), e contou com a participação de pesquisadores em saúde de universidades, centros de pesquisa e instituições públicas da Argentina (IECS), Brasil (ACT Promoção da Saúde), El Salvador (Ministério da Saúde) e Trinidad e Tobago (Universidade das Índias Ocidentais). Um projeto colaborativo, financiado pelo Centro de Desenvolvimento Internacional do Canadá (IDRC).
Os resultados foram obtidos por meio de um modelo matemático desenvolvido pelo grupo de pesquisa que permite estimar as probabilidades que as pessoas têm de apresentar excesso de peso, adoecer ou morrer por diabetes tipo 2 e diversas doenças devido ao consumo de bebidas açucaradas. Para a pesquisa no Brasil, foram utilizados dados nacionais da Pesquisa Nacional de Saúde, Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 e 2018, Vigitel 2018, entre outras referências.