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Juliana
A ACT e outras sete entidades denunciaram a Souza Cruz por propaganda ilegal de cigarros em mídias sociais e eventos. A denúncia veio após pesquisadores de dez países mostrarem as novas estratégias da indústria do tabaco para anunciar seus produtos para jovens.
O estudo completo, que abrange vários países, pode ser encontrado aqui: Where there’s smoke (fonte também das imagens incluídas abaixo).
Uma das principais táticas é a associação com influenciadores digitais e o uso de hashtags específicas, que a princípio não parecem ligadas a produtos de tabaco. São realizadas postagens, que também não são identificadas como anúncios ou posts patrocinados, em que aparecem cigarros, maços e outros produtos de tabaco. Em geral, isso é feito de maneira sutil, para que o público não perceba a imagem como propaganda, apesar de ser.
Outra estratégia é a associação com eventos e festas, de onde os influenciadores parceiros postam mais imagens com os produtos e as hashtags.
Essas práticas são ilegais. A lei brasileira proíbe a propaganda comercial de produtos de tabaco, inclusive na internet.
Nos Estados Unidos, a Campaign for Tobacco-Free Kids e outras organizações também protocolaram denúncia semelhante, que revela que as postagens foram visualizadas mais de 25 bilhões de vezes no mundo.
As crianças e jovens são o principal público-alvo da indústria do tabaco, que neles mira todas as suas ações com o objetivo de promover seus produtos. Sabores que deixam o cigarro mais palatável e atraente para novos consumidores, o posicionamento dos maços perto de balas e doces em pontos de venda, as embalagens coloridas e atrativas e, agora, a parceria sorrateira com influenciadores jovens e cheios de seguidores são apenas algumas delas.
O Brasil avançou muito no controle do tabaco nos últimos anos, mas precisamos continuar monitorando as leis existentes e implementar medidas novas, como as embalagens padronizadas e a efetivação da proibição dos aditivos de sabor. Uma pesquisa recente (Vigitel), por exemplo, mostrou que, infelizmente, a prevalência de fumo aumentou entre os jovens de 18 a 24 anos. Somente com políticas públicas eficazes que poderemos reverter isso e continuar avançando com a proteção da saúde da população contra os males do tabaco.