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Rosa Mattos
Um imposto municipal sobre bebidas açucaradas reduziu a compra destes produtos na cidade americana de Seattle, de acordo com pesquisadores da Universidade de Illinois. A pesquisa, publicada na edição de fevereiro da revista Economics and Human Behavior, avaliou as mudanças no preço e volume vendidos antes e depois da adoção de um imposto específico sobre bebidas que contêm pelo menos 40 calorias por 360 ml – categoria que inclui refrigerantes, bebidas energéticas, sucos e chás com adição de açúcar.
De acordo com o estudo, as compras de bebidas açucaradas, após aumento do imposto em Seattle-WA, EUA, foram reduzidas em mais de 20% entre 2017 e 2018. Enquanto isso, no mesmo período, o volume de vendas e os preços permaneceram estáveis em Portland, cidade vizinha estudada para efeitos de comparação.
Em Seattle, a queda nas compras foi maior para as bebidas açucaradas vendidas em embalagens maiores (tamanho “família”, como embalagens múltiplas e garrafas de 2 litros). Por outro lado, aumentaram em 4% as compras de bebidas isentas do imposto (com baixo teor ou zero açúcar). Após a implementação do imposto, o preço médio das bebidas açucaradas aumentou em 1,0% por 30 ml, sugerindo que aproximadamente 60% do imposto foram repassados aos consumidores. Outro aspecto analisado foram as compras de bebidas açucaradas nas áreas adjacentes a Seattle, que permaneceram estáveis entre os períodos pré e pós-imposto, sinalizando que não houve compra significativa de bebidas açucaradas nos municípios vizinhos para “fugir” do imposto municipal em Seattle.
Diversos países e cidades no mundo já adotam medidas fiscais para proteger as pessoas de produtos não saudáveis, e pesquisas científicas têm demonstrado que a implementação de impostos sobre bebidas açucaradas reduz o consumo desses produtos. Vale lembrar que a adoção de impostos específicos sobre refrigerantes e outras bebidas com excesso de açúcar são uma recomendação da Organização Mundial de Saúde e do Conselho Nacional de Saúde, aqui no Brasil, como forma de prevenir doenças como a obesidade e o diabetes tipo 2. Entre as políticas públicas capazes de prevenir doenças, aumentar impostos de bebidas açucaradas é uma das estratégias mais efetivas para favorecer a compra de alimentos mais saudáveis e melhorar alimentação