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Mônica Andreis
Calcular os custos diretos de internações por doenças relacionadas ao tabaco, sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde (SUS) para três grupos de doenças- câncer, aparelhos circulatório e respiratório – foi o objetivo do estudo elaborado pela pesquisadora da ENSP/Fiocruz Maria Alícia Ugá junto com a pesquisadora do Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) Márcia Pinto. O trabalho foi publicado no volume 26, número 6, da revista Cadernos de Saúde Pública da ENSP.
As autoras optaram por avaliar os custos diretos atribuíveis ao tabagismo, considerando o custo do tratamento das principais doenças tabaco-relacionadas para indivíduos com mais de 35 anos em 2005. Além de examinar os custos nos grupos de doença câncer, aparelho circulatório e respiratório, o trabalho levou em conta os custos dos procedimentos de quimioterapia decorrentes de neoplasias.
De acordo com os dados coletados, foram realizadas 401.932 e 512.173 internações de mulheres e homens, com 35 anos ou mais, respectivamente, para os três grupos de enfermidades selecionados. Desse total, 144.241 internações (35,9%) do sexo masculino e 138.308 (27%) do feminino foram atribuíveis ao tabagismo. As autoras destacam que os custos totais para os três grupos de enfermidades das internações e procedimentos de quimioterapia alcançaram para o SUS, em 2005, um montante de R$ 338.692.516,02 ou 27,6% de todos os custos do SUS, considerando os indivíduos com 35 anos ou mais para os mesmos três grupos de enfermidades. Na comparação entre os custos totais com os custos tabaco-relacionados, as enfermidades do aparelho respiratório foram responsáveis por 41,2%, enquanto que as neoplasias e as doenças do aparelho circulatório foram 36,3% e 20,2%, respectivamente.
Para Márcia Pinto e María Alícia Uga, os resultados sugerem a necessidade de dar continuidade às pesquisas que mensurem a carga total do tabagismo sob a perspectiva da sociedade. Este estudo foi uma primeira tentativa de estimar custos associados ao tabagismo no Brasil. “Segundo nossas estimativas, o tabagismo foi responsável por 7,7% dos custos de todas as internações e procedimentos de quimioterapia pagos pelo SUS para todas as patologias em 2005 (…) Entretanto, essa participação estimada pode ser considerada como a ponta do iceberg da real carga econômica do tabagismo para o SUS”, concluíram.