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Mônica Andreis
Folha de S. Paulo, 21/8/2010
Cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, afirmam em estudo publicado ontem que o contato com a fumaça do cigarro, ainda que por fumo passivo ou ocasional, causa mudanças genéticas no pulmão. Em artigo publicado no “American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine”, os pesquisadores afirmaram também que essas alterações expõem as pessoas a risco de câncer de pulmão e à doença pulmonar obstrutiva crônica, problema que limita o fluxo de ar, dificultando a respiração.
“Até nos níveis mais baixos de exposição, encontramos efeitos diretos no funcionamento dos genes das células qu e revestem as vias respiratórias”, afirmou Ronald Crystal, líder da pesquisa e chefe do departamento de medicina genética de Cornell, em comunicado divulgado pela universidade. O médico disse também que o efeito genético é menor do que o observado em pessoas que fumam com frequência, mas isso não significa que não haja efeitos prejudiciais para a saúde.
“Alguns genes das células que revestem as vias respiratórias são muito sensíveis à fumaça de cigarro, e mudanças no funcionamento desses genes são o primeiro sinal de “doença biológica” nos pulmões.” A pesquisa foi feita por meio de testes em 121 pessoas divididas em três categorias: não fumantes, fumantes ativos e fumantes com baixa exposição à fumaça. Foram testados níveis de nicotina e cotinina, marcadores do cigarro no organismo, para determinar em qual categoria cada participante se encaixaria.
O genoma de cada um foi analisado para detectar quais genes foram ativados ou desativados nas vias respiratórias. Todos os níveis de nicotina e cotinina tiveram relação com alguma anormalidade genética. Segundo o líder do estudo, isso mostra que não há níveis seguros para a exposição à fumaça. A descoberta deve dar mais subsídios para a implementação de leis que restringem o fumo em ambientes públicos, como já acontece no Estado de São Paulo desde o ano passado.