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Emily Azarias
Quase 13% das mortes no Brasil são provocadas por doenças crônicas não-transmissíveis associadas diretamente ao consumo de tabaco. Quase 8 bilhões de pessoas por ano no mundo perdem a vida por conta do tabaco e temos, no Brasil, mais de 161 mil mortes anuais. Portanto, o controle tabagismo é fundamental para o fortalecimento da saúde pública. Ainda mais em tempos de pandemia da Covid-19, doença que compromete principalmente os pulmões. Por isso, parar de fumar agora é mais necessário do que nunca!
Assim, neste 31 de maio, Dia Mundial Sem Tabaco, a ACT se junta mais uma vez à Associação Médica Brasileira (AMB) e à Fundação do Câncer para alertar sobre um produto que tem sido vendido como um auxílio àqueles que querem mudar os hábitos, mas que também prejudica a saúde, causa dependência e ainda atrai consumidores mais jovens para o tabaco: os cigarros eletrônicos, de tabaco aquecido, vaporizadores e outros dispositivos eletrônicos para fumar.
“2021 tem sido um ano desafiador devido ao impacto da pandemia de Covid-19. Mais do que nunca devemos celebrar a vida e cuidar da saúde. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, reiteramos a importância da prevenção e cessação do tabagismo, em todas as suas formas. A campanha da ACT mostra que os novos produtos são muito atrativos, mas trazem os velhos problemas, mantêm as pessoas dependentes e prejudicam sua saúde”, diz a psicóloga Mônica Andreis, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde.
Novos produtos, velhos problemas
Juntando um vício contemporâneo (o da tecnologia) com uma dependência química, (como a da nicotina), os chamados DEFs não fazem mais do que reinventar a roda: são produtos novos criados pela indústria do tabaco para conquistar novos fumantes. Afinal, a reinvenção é fundamental para estas corporações, já que precisam repor seus consumidores, que param ou morrem.
Por isso, a desconstrução do marketing de que tudo que é tecnológico seria moderno e disruptivo foi a base para a criação da campanha, que recebeu o título de “Novos Produtos, Velhos Problemas, pela agência 11:21, com financiamento da Vital Strategies e da Campaign for Tobacco Free Kids, que apoia a ACT. As peças foram desenvolvidas com um visual retrô, como os primeiros reclames de cigarro, e estarão disponíveis nas redes sociais da ACT e dos parceiros, com mais informações em seu hotsite.
“2021 tem sido um ano desafiador devido ao impacto da pandemia de Covid-19. Mais do que nunca devemos celebrar a vida e cuidar da saúde. Neste Dia Mundial Sem Tabaco, reiteramos a importância da prevenção e cessação do tabagismo, em todas as suas formas. A campanha da ACT mostra que os novos produtos são muito atrativos, mas trazem os velhos problemas, mantêm as pessoas dependentes e prejudicam sua saúde”, diz a psicóloga Mônica Andreis, diretora-executiva da ACT Promoção da Saúde.
A comercialização e propaganda dos cigarros eletrônicos e de tabaco aquecido são proibidos no Brasil, mas os fabricantes têm pressionado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para liberá-los. O setor alega que o produto seria de risco reduzido por não haver combustão e é destinado apenas a adultos fumantes que não querem ou não conseguem parar de fumar.
Os DEFs têm substâncias altamente tóxicas e foram responsáveis pelo aumento no consumo entre jovens nos países em que eles podem ser comercializados. Além disso, é importante destacar que a maior parte desses dispositivos contém nicotina, o princípio ativo responsável pela dependência química do fumante, e estudos têm mostrado que não ajudam na cessação, e muitos fumantes continuam fumando e também fazendo uso dos vaporizadores.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que 80% dos fumantes se tornaram dependentes antes de completar 19 anos, o que leva a considerar o tabagismo uma doença pediátrica.
O tabagismo e a Covid-19, uma conta que não fecha
O sistema público de saúde já é impactado por outras doenças e, com a sobrecarga causada pela Covid-19, os custos com doenças causadas pelo tabagismo poderiam ser evitados.
O tabagismo é responsável por cerca de 13% de todas as mortes no Brasil, mais de 161 mil mortes anuais no país, de acordo com estudo feito pelo Instituto Nacional de Câncer, pela Fundação Oswaldo Cruz e pelo o Instituto de Efectividad Clínica y Sanitaria, de 2015 e atualizado em 2020.
Os pesquisadores chegaram à conclusão de que são gastos, por ano, R$50 bilhões com custos médicos diretos, com tratamentos de doenças relacionadas ao fumo, e mais R$42 bilhões com perdas indiretas referentes à redução da produtividade dos profissionais por morte ou incapacitação. Enquanto isso, a arrecadação de impostos com a venda de cigarros naquele ano foi de R$12 bilhões.
Diante deste quadro, a regulação efetiva de produtos de tabaco é fundamental para o fortalecimento da saúde pública. Quanto mais pessoas consumindo, mais gente fica exposta aos riscos de desenvolver doenças respiratórias, cardiovasculares, cânceres e outras: menos bem-estar e menor expectativa de vida.