add-search-to-menu
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u294706312/domains/typo.ag/public_html/act/wp-includes/functions.php on line 612117 de julho de 2017
Victória Rabetim
Nova York – Nesta semana em que acontece o Foro Político de Alto Nível sobre o desenvolvimento sustentável, em Nova Iorque, estão sendo realizadas sessões de discussão e revisão dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) que foram priorizados neste encontro, a saber: ODS 1, 2, 3, 5, 9, 14 e 17.
No dia 12 de julho foi realizada a revisão de implementação do ODS 3, que visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas e todos, em todas as idades. Diversos países se manifestaram destacando o que vêm sendo feito, mas principalmente apontando o que ainda precisa ser alcançado.
A saúde enquanto conceito amplo está ligada a diversos outros objetivos de desenvolvimento sustentável, sendo considerado um tema central e transversal na Agenda 2030. É importante compreender a interrelação e interdependência dos ODS, uma vez que o propósito é avançar em todas as áreas, sem deixar ninguém para trás.
Indicadores como mortalidade materna e infantil, HIV e malária apresentaram redução nos últimos anos, mas disparidades permanecem e em alguns países as taxas ainda são elevadas. Saúde com equidade é ainda um desafio a ser enfrentado por meio de múltiplos e constantes esforços.
O acesso à sistemas universais de saúde pela população deve ser uma prioridade para os países. O alto custo de medicamentos ou serviços de saúde inviabilizam que todos possam se beneficiar dos avanços alcançados no setor. Determinantes sociais e comerciais impactam na saúde mundial e precisam ser discutidos.
A prevenção e controle das doenças crônicas não transmissíveis, doenças que mais matam atualmente, como as doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, deve ser intensificada globalmente. Políticas efetivas precisam ser implementadas para que se reduza seu impacto na saúde pública.
A cooperação multisetorial, em âmbito nacional e internacional, é considerada fundamental mas também um desafio uma vez que requer um intenso trabalho de articulação e monitoramento. A perspectiva de gênero vem sendo incluída em todos os debates e muito ainda se tem a avançar em relação a temas como saúde reprodutiva e sexual, violência contra mulheres e empoderamento de jovens.
Todos estes pontos remetem a questões estruturais que devem ser o foco das discussões quando se fala em alcançar um desenvolvimento sustentável para todos e todas. Implicam em reflexões sobre o modo como nos relacionamos, consumimos e lidamos com a saúde. Mudanças como estas exigirão investimento adequado e compromisso global.
Aqui se espera que este compromisso seja reafirmado explicitamente pelos países através de uma declaração conjunta ao final do evento, e mais do que isso, que todos os debates realizados e declarações de intenções sejam norteadores de ações efetivas na implementação dos ODS. Nesta reunião de revisão do ODS3, o Brasil infelizmente não se pronunciou. Como mostrou o Relatório Luz do GTSC para Agenda 2030[1], vivemos um período de enormes desafios e é urgente que esta agenda seja priorizada no país.
Por Monica Andreis