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Mônica Andreis
Quem não se lembra das fantásticas propagandas de cigarro que eram veiculadas na TV, todas com jovens, esportes radicais, músicas empolgantes e belas mulheres?
Revi ontem uma destas em que o alpinista fumante escalava um paredão de gelo e ao chegar ao pico fumava seu cigarrinho. Vejam o absurdo da coisa: quem é fumante sabe que o fôlego diminui aqui embaixo mesmo, imagine com o ar rarefeito então!
Mas no detalhe a gente não pensa quando assiste, e sem dúvida eles sabiam como atrair a atenção, o desejo, e aí para começar a fumar era um pulo. Muita gente começou a fumar influenciada por isto, por artistas de cinema, ou por amigos que queriam também viver o mundo de Marlboro, não ter limites como nos anúncios do Hollywood ou simplesmente porque tinham algo em comum, como no Free. É um jogo de marketing impressionante, sedutor mesmo, de tirar o chapéu.
E agora que está proibido? Na verdade a indústria de tabaco continua querendo vender seu produto, mas usa estratégias de marketing indireto e abusa da tentativa de se mostrar como uma empresa socialmente responsável (lobo em pele de cordeiro).
Olha só a matemática: a Imperial Tobacco gasta 2 milhões de dólares canadenses por ano em eventos de artes, e 40 milhões para divulgar isto!*
Não sejamos ingênuos de acreditar que houve de fato uma mudança por parte da indústria do tabaco. Para quem já é fumante, perceber que foi ludibriado é ruim, vem junto com uma sensação de “que trouxa eu fui de achar aquilo bonito”, agora para quem não fuma isto pode ser o divisor de águas: se tenho consciência de que é a boa imagem é só uma fachada, tenho mais força para dizer não ao cigarro e a toda a manipulação das pessoas que está por trás do marketing do fumo.
*Fonte: Doações da Indústria do Tabaco: Aceitar dinheiro da indústria do tabaco ajuda a vender mais cigarros e custa mais vidas, Monteiro, A., RTZ/ACTbr, 2005.