add-search-to-menu
domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init
action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/u294706312/domains/typo.ag/public_html/act/wp-includes/functions.php on line 61214 de setembro de 2018
Juliana
Roucos e Sufocados: a indústria do cigarro está viva, e matando, dos jornalistas João Peres e Moriti Neto, foi lançado no Dia Nacional de Combate ao Fumo trazendo um novo olhar sobre a influência da indústria do tabaco nas regiões produtoras de fumo e as consequências disso para os produtores.
Vamos destacar aqui algumas das principais considerações do livro:
O Brasil ainda é o principal exportador de folha de tabaco do mundo. Grande parte da produção vem do Vale do Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, e foi para lá que os autores foram para fazer as pesquisas que resultaram no livro.
O preço da folha não é definido pelos produtores, mas sim pelo próprio comprador: a indústria do tabaco. Também é utilizado o chamado “sistema de produção integrado”, no qual, novamente, é a indústria que determina quanto, como e quando os agricultores plantarão o tabaco. Outro problema é que não há vínculo trabalhista entre as empresas e os produtores. Alega-se que a relação é de prestação de serviços apenas.
Muitos dos agricultores expressam o desejo de diversificar sua produção com outros cultivos. Essa medida é recomendada pela Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), mas projetos para isso não recebem investimentos suficientes.
Um dos argumentos usados pela indústria é o de que a produção de tabaco é lucrativa, e que ações de controle e diversificação de cultura a prejudicariam. Ao analisarmos os números, entretanto, vemos que não é bem assim.
As perdas econômicas devido a incapacitações e tratamento de doenças causadas pelo tabagismo chegam a US$ 15 bilhões por ano. Além do mais, os impostos pagos pela indústria ficam longe de compensar esse número: mal chegam a US$ 3,5 bilhões. Isso representa um déficit de mais de US$ 10 bilhões.
Os próprios produtores também sofrem financeiramente. A renda média líquida por ano é de apenas US$ 1,6 mil. 13% deles chegam a ter prejuízos.
****
Os dados acima são apenas uma pequena parte das descobertas dos autores.
Quer saber ainda mais sobre o livro? Confira o post que fizemos no lançamento!
Quer comprar o livro? Ele já está disponível no site da Editora Elefante!