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Anna Monteiro
Um novo estudo do UK Biobank, banco de dados que reúne informações de saúde da população do Reino Unido, conclui que uma dieta baseada no consumo de alimentos ultraprocessados está relacionada ao aumento de casos de câncer. Publicada no periódico The Lancet, a pesquisa usou dados de pessoas entre 40 e 69 anos no Reino Unido, e mostrou que o tumor no ovário é o que apresenta maior associação com consumo elevado de comida não saudável.
De acordo com o estudo, o consumo médio de ultraprocessados entre o grupo pesquisado foi de 22,9%. Durante um tempo médio de acompanhamento de 9,8 anos, 15.921 indivíduos desenvolveram diversos tipos de câncer e ocorreram 4.009 mortes relacionadas a essa doença. Os três principais achados foram:
Essas associações persistiram independentemente de uma série de fatores socioeconômicos, comportamentais e dietéticos, como alcoolismo e hábito de fumar¹.
Em particular, as associações foram mais consistentes para câncer geral e câncer de ovário em mulheres. Esses achados sugerem que limitar o consumo de ultraprocessados pode ser benéfico para prevenir e reduzir as incidências de câncer modificáveis pela dieta.
Risco de câncer e ultraprocessados em outros estudos:
Em novembro do ano passado, pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP), Fundação Oswaldo Cruz, e Universidade Nacional do Chile, chegaram à conclusão de que, no Brasil, 57 mil pessoas morrem, por ano, de doenças crônicas causadas pelo consumo de ultraprocessados. Um artigo científico foi publicado em inglês na revista internacional American Journal of Preventive Medicine. A ACT Promoção da Saúde, como uma das apoiadoras da pesquisa, lançou também um resumo executivo do estudo, em português, com os principais resultados.
¹Análises ajustadas por idade, raça, tabagismo, nível de atividade física, renda familiar média, nível educacional mais alto, consumo de álcool, índice de massa corporal, consumo diário total de energia. Foram estratificadas por sexo, altura, histórico familiar de câncer, índice de quintil de privação múltipla e região geográfica. As análises de cânceres específicas do sexo feminino foram adicionalmente ajustadas para o status da menopausa, uso de anticoncepcionais orais, uso de terapia de reposição hormonal e paridade.