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Rosa Mattos
Popularmente conhecidos como “adoçantes”, os edulcorantes são substâncias que conferem sabor doce aos alimentos ou bebidas, e podem ser artificiais ou naturais. Criados na década de 1980 para serem substitutos de baixa caloria ao açúcar, atualmente eles estão presentes em grande parte dos produtos ultraprocessados. E qual o problema disso? Muitos!
É o que pretende responder “Vamos falar de edulcorantes”?, uma publicação bem curta e direta, que reúne dados de pesquisas e evidências científicas nacionais e internacionais para responder a algumas questões bem comuns: O que são edulcorantes? Quais os edulcorantes mais utilizados pela indústria de alimentos ultraprocessados? É seguro consumir edulcorantes? Quais os riscos à saúde? Como outros países fazem a regulamentação do uso dessas substâncias?
A publicação foi uma realização coletiva, que reuniu especialistas da ACT Promoção da Saúde, Instituto de Consumidores (Idec), FIAN Brasil, Instituto Desiderata e Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP).
Parecem palavrão, mas não são. Presentes em refrigerantes, sucos industrializados, biscoitos, balas e iogurtes, por exemplo, na lista de ingredientes dos ultraprocessados você vai achá-los como: acessulfame de potássio (acessulfame K), aspartame, neotame, sacarina e seus sais de cálcio, potássio e sódio, sucralose e ciclamato de sódio, cálcio e potássio, glicosídeos de esteviol, taumatina, isomaltitol, maltitol, eritritol, lactitol, manitol, sorbitol, poligicitol e xilitol. Ufa!
E vale lembrar que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), produtos com edulcorantes não devem ser utilizados por adultos e crianças para controlar o peso corporal ou prevenir doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como diabetes, doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais (AVCs) e câncer. Isso sem falar da clássica recomendação do Guia Alimentar para População Brasileira: ultraprocessados, evite-os!
Muito! Um dos grandes destaques da nova norma de rotulagem da Anvisa são os selos “alto em”, com formato de lupa, chamando a atenção para produtos que tenham alto teor de açúcar adicionado, sódio ou gordura saturada. Só que, adivinhe: as indústrias de bebidas açucaradas estão fazendo de TUDO para que seus produtos não recebam o selo de “alto em”. E uma das estratégias da indústria para fazer isso é substituir parte do açúcar por edulcorantes, de modo que a quantidade de açúcar fique abaixo do limite mínimo estabelecido pela Anvisa para receber a lupa. Pode até parecer teoria da conspiração, mas essa reformulação das bebidas é tema de diversos estudos e está demonstrada em pesquisas realizadas nos países que adotaram a rotulagem ou a tributação das bebidas açucaradas, como no México e Chile.
Então agora você já sabe que edulcorantes estão presentes em produtos e bebidas ultraprocessados, como refrigerantes diet e zero açúcar, mas mesmo os refrigerantes normais também têm substituído parte ou todo do açúcar por edulcorantes, como forma de escapar de políticas públicas de promoção da alimentação saudável. E que várias pesquisas científicas têm sido feitas para investigar os impactos dos edulcorantes na saúde.
E é inevitável pensar no exemplo do cigarro. Levaram décadas até que as pesquisas científicas conseguissem demonstrar o impacto dos cigarros na saúde humana – e enquanto isso, a indústria de cigarros faturava milhões, governos e poder público não tomavam atitudes com relação ao comércio e publicidade, e milhões de pessoas adoeciam e morriam sem saber a causa do seu sofrimento.
Nós, da ACT Promoção da Saúde, defendemos que refrigerantes diet, zero e outros produtos ultraprocessados com edulcorantes paguem impostos mais altos, como forma de reduzir seu consumo, e que também recebam um símbolo de alerta na sua embalagem. O que você acha dessa ideia?
E não deixe de acessar e conferir a íntegra do “Vamos falar sobre edulcorantes?”, que está disponível para download gratuito, aqui.