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Juliana
Por Anna Monteiro, Diretora de Comunicação da ACT
No Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) apresentou estimativas de novas ocorrências da doença para o período de 2020 a 2022: são esperados 625 mil novos casos (ou 450 mil, se excluirmos os casos de câncer de pele não melanoma).
Depois do câncer de pele não melanoma, que tem a maior incidência (177 mil), os tipos mais comuns são os de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil).
Entre os homens, o mais frequente é o câncer de próstata (29,2%), seguido por cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%). Entre as mulheres, os cânceres de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,4%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%) são os mais incidentes. O câncer de pele não melanoma, por sua vez, representa 27,1% de todos os casos de câncer em homens e 29,5% em mulheres.
Os pesquisadores também destacaram que 85% de alguns dos tipos mais comuns de câncer, como de pulmão, cavidade oral, cólon e reto, além do de pele, podem estar relacionados a causas externas, como fumar, consumir alimentos ultraprocessados, beber álcool em demasia e se expor ao sol sem proteção – ou seja, uma parte significativa deles pode ser prevenida. Já os cânceres de próstata e mama têm relação hormonal, mas também estão fortemente ligados à obesidade e ao sedentarismo.
O câncer de cólon e reto, por exemplo, tem como fatores de risco condições genéticas e idade acima de 50 anos, mas também obesidade, inatividade física, tabagismo prolongado, alto consumo de carne vermelha ou processada, baixa ingestão de cálcio, consumo excessivo de álcool e alimentação pobre em frutas e fibras.
Mais especificamente, em relação ao câncer de pulmão, vem sendo observada no Brasil e no mundo uma tendência de declínio entre os homens e um aumento entre as mulheres, que foram público-alvo de campanhas e produtos de tabaco, especialmente nos anos 1980 e 1990, quando a regulação desses produtos ainda estava no início. No total, 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco.
Medidas de controle do tabagismo, como a lei antifumo, a restrição da propaganda, promoção e patrocínios, as advertências sanitárias, as embalagens padronizadas, a proibição de aditivos de sabores e as políticas de preços e impostos são a maneira mais eficaz de reduzir as taxas de prevalência de fumantes.
É importante notar que a população percebe que essas medidas também servem de exemplo para o combate à obesidade e à diabetes, conforme verificou uma pesquisa de opinião em agosto de 2019. O preço mais alto e a informação no rótulo, com alertas sobre a presença de muito açúcar, foram identificadas como políticas capazes de levar à redução do consumo de bebidas adoçadas, como aconteceu com o cigarro.
As estimativas completas podem ser acessadas aqui.